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Alemanha quer acelerar a construção de terminais de gás natural liquefeito como alternativa ao abastecimento russo

Berlim, 2 de fevereiro (bbabo.net)

A Alemanha quer desenvolver a construção de terminais para a importação de gás natural liquefeito no mar para reduzir sua dependência do gás natural russo no contexto das tensões entre Moscou e países ocidentais sobre a Ucrânia. O anúncio foi feito hoje pelo governo, citado pela AFP.

"O plano do governo é desenvolver terminais de gás liquefeito na Alemanha", disse o porta-voz do chanceler Olaf Scholz, Steffen Hebeschright, em entrevista coletiva.

O gás liquefeito é uma solução alternativa às importações de gás russo, acrescentou, lembrando que alguns projetos de terminais já estão em desenvolvimento, principalmente nas cidades do norte de Brunsbüttel e Stade.

Esses dois projetos precisam ser acelerados, pois os sites ainda não foram colocados em operação devido a dificuldades administrativas e financeiras, apesar de seu anúncio em 2019 pelo governo de Angela Merkel.

Os terminais permitem a importação de gás natural por via marítima graças a um processo de liquefação, o que proporciona uma oportunidade de transporte mais fácil.

Atualmente, a Alemanha não possui instalações desse tipo e recebe seu suprimento de gás inteiramente por meio de gasodutos, principalmente da Rússia.

Os terminais de metano permitirão que Berlim diversifique seus fornecedores importando de países como Estados Unidos, Catar e Canadá.

A Alemanha quer reduzir sua dependência do gás russo no contexto das tensões entre Moscou e países ocidentais ao redor da fronteira ucraniana.

Atualmente, o país recebe 55% de suas necessidades de gás da Rússia.

O gás é usado para aquecer 50% das residências e fornece 26,7% do consumo de energia primária, segundo dados do governo.

Espera-se que o uso desta fonte de energia aumente dentro da transição energética para substituir a energia nuclear, carvão e complementar as energias renováveis.

Alemanha quer acelerar a construção de terminais de gás natural liquefeito como alternativa ao abastecimento russo