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Áustria vai apresentar queixa contra o rótulo verde europeu para o átomo

Viena, 2 de fevereiro (bbabo.net)

O governo austríaco anunciou hoje que pretende entrar com uma ação nas próximas semanas contra a inclusão da energia nuclear pela Comissão Europeia na lista de "energias verdes", informou a AFP.

"A energia nuclear não é verde nem sustentável. Não consigo entender a decisão da UE", disse o chanceler conservador Carl Nehamer no Twitter.

A Áustria proibiu o uso de energia nuclear em 1978, que foi incluída na constituição do país em 1999.

A ministra austríaca do Meio Ambiente, Leonore Gevesler, destacou recentemente em entrevista à AFP os grandes danos ambientais que a energia nuclear causa ao longo do tempo. Segundo ela, o átomo é uma energia do passado, cara demais para ser usada no combate às mudanças climáticas.

Luxemburgo expressou disposição para se juntar ao processo austríaco, disse Gevesler.

A Comissão Europeia aprovou hoje na sua reunião semanal uma lista de critérios para classificar os investimentos em centrais nucleares ou a gás como sustentáveis. Até agora, a lista incluía apenas energias renováveis.

O texto visa mobilizar fundos privados para apoiar atividades de redução de emissões de gases de efeito estufa e faz parte dos esforços da UE para alcançar a neutralidade de carbono em 2050.

Vinte e sete estados membros da UE não são unânimes no projeto, que já irritou muitas organizações ambientais.

No entanto, é apoiado pela França e muitos países da Europa Central e Oriental, incluindo Polônia e Bulgária, segundo os quais as energias renováveis ​​​​(eólica e solar) não são permanentes porque dependem do clima, portanto, não serão capazes de atender às necessidades de eletricidade.

A Áustria, um país de 8,9 milhões de habitantes, recebe atualmente mais de 75% de sua eletricidade de fontes renováveis, principalmente devido ao seu grande potencial hidrelétrico. No entanto, continua a importar eletricidade de usinas nucleares para cobrir suas necessidades energéticas.

Áustria vai apresentar queixa contra o rótulo verde europeu para o átomo