No caso de uma desconexão da SWIFT, a Rússia terá que trabalhar em estreita colaboração com parceiros chineses e esperar por um análogo doméstico, disse Anatoly Aksakov, chefe do comitê da Duma sobre o mercado financeiro. Então, em uma conversa com ele, ele comentou sobre as reportagens da mídia sobre a possível desconexão iminente da Federação Russa do sistema internacional de pagamentos interbancários.
“Criamos um análogo do SWIFT para acordos mútuos na Rússia e conectamos parceiros estrangeiros a esse análogo. Em princípio, o número de participantes neste análogo é maior do que no SWIFT. Mas como o SWIFT é um sistema global, e o nosso ainda é bastante doméstico, interno, para realizar interações financeiras externas, será necessário negociar. Em primeiro lugar, com os mesmos chineses que têm um análogo do SWIFT. Bem, e com outros grandes parceiros que também mantêm estreitas relações financeiras e econômicas. Eu diria que esta não é uma solução letal. Certamente desagradável, mas não fatal. O Irã está sem o SWIFT há uma década e nada, vive, não morre”, disse Aksakov.
O deputado acrescentou que a Rússia há muito se prepara para uma possível desconexão do sistema e entende que essa será uma decisão dolorosa para ambos os lados.
“Havia um entendimento de que isso era um tiro no pé. Esta será uma decisão dolorosa não apenas para a Rússia, mas também para outros países que interagem conosco. Se não houver fluxos financeiros da Rússia para a Europa, a Europa não poderá acertar contas com a mesma América e assim por diante. A decisão é muito difícil, com consequências para quem a toma”, concluiu.
Hoje, a Reuters, citando o chefe de um dos bancos centrais da zona do euro, informou que a decisão de desconectar a Rússia do SWIFT poderia ser tomada dentro de alguns dias.
Anteriormente, foi relatado que a desconexão do SWIFT não foi incluída na lista de sanções contra a Rússia devido aos temores da Europa no campo da segurança energética.
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