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Sites do governo ucraniano são vítimas de 'ataque cibernético massivo', suspeita mão russa

A Ucrânia na sexta-feira foi alvo de um “ataque cibernético maciço” com pelo menos 10 sites do governo, incluindo o Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Educação, que deixou de funcionar.

Embora não se saiba de onde o ataque cibernético foi lançado, funcionários do governo da Ucrânia apontaram um “longo registro” de ataques cibernéticos russos contra Kiev.

"É muito cedo para tirar conclusões, mas há um longo histórico de ataques russos (cibernéticos) contra a Ucrânia no passado", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores à Reuters.

O incidente ocorre quase uma semana depois que as tensas negociações de segurança entre Moscou e os EUA e a Otan terminaram em um impasse.

Entre os alvos do ataque cibernético estavam sites do gabinete ministerial, das Relações Exteriores, Educação, Agricultura, Emergência, Energia, Assuntos de Veteranos e Ministérios do Meio Ambiente.

Para além disso, também ficaram fora de serviço os sites da Fazenda do Estado e a plataforma eletrónica de serviços públicos Diia, onde são guardados os certificados de vacinação e os passaportes eletrónicos.

Segundo relatos, supostos hackers russos deixaram uma mensagem no site do Ministério das Relações Exteriores.

"Ucraniano! Todos os seus dados pessoais foram enviados para a rede pública. Todos os dados do computador foram destruídos, é impossível restaurá-los", dizia uma mensagem visível nos sites do governo hackeado, escrita em ucraniano, russo e polonês.

"Todas as informações sobre você se tornaram públicas, tenha medo e espere o pior. Isso é para o seu passado, presente e futuro."

A mensagem reproduzia a bandeira ucraniana e o mapa riscado. Mencionou o exército insurgente ucraniano, ou UPA, que lutou contra a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Havia também uma referência a “terras históricas”.

A Rússia havia alertado sobre possíveis “consequências catastróficas” se não houvesse acordo sobre o pacto de segurança proposto, mas o Kremlin afirmou que não havia desistido da diplomacia.

As relações entre a Ucrânia e a Rússia entraram em colapso após a anexação da Crimeia por Moscou em 2014 e a eclosão da guerra entre as forças de Kiev e separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia no mesmo ano.

Os Estados Unidos disseram nesta quinta-feira que a Rússia pode estar tentando criar um pretexto para lançar um novo ataque militar à Ucrânia, comparando a situação com as circunstâncias de 2014.

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