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Monitor de Direitos Humanos acusa autoridades do Cazaquistão de torturar manifestantes presos

Almaty, - As forças de segurança cazaques espancaram e torturaram manifestantes presos durante os distúrbios em janeiro. Conforme relatado pela Reuters, quarta-feira (2/2/2022), o monitor de direitos humanos Human Rights Watch fez a acusação.

Autoridades dizem que pelo menos 227 pessoas foram mortas no pior ataque de violência política na Ásia Central na história pós-soviética. Lá, o ex-presidente Nursultan Nazarbayev e seus parentes foram destituídos de todas as posições de poder.

Cerca de 10.000 pessoas foram detidas após os distúrbios, disseram autoridades. A maioria foi libertada em poucos dias, mas alguns reclamaram de espancamentos nas mídias sociais e locais e tortura enquanto estavam sob custódia policial.

Na terça-feira (02/01), a HRW afirmou ter recebido relatos críveis de dezenas de casos em que a polícia deteve arbitrariamente manifestantes pacíficos e outros. As autoridades submeteram alguns detidos a maus-tratos e tortura, incluindo choques elétricos e espancamentos.

Os ministérios do Interior e das Relações Exteriores do Cazaquistão não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre o relatório da HRW.

Na semana passada, o presidente Kassym-Jomart Tokayev disse que autoridades de direitos humanos estavam investigando queixas de detidos.

O Cazaquistão atribui a violência a "bandidos" auxiliados por insurgentes islâmicos, alguns dos quais, segundo autoridades, vêm de outros países da Ásia Central e foram treinados no exterior.

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