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Especialistas explicaram a recusa da Indonésia do Su-35 em favor dos Rafales franceses

A indústria de aviação russa perdeu um contrato lucrativo para o fornecimento de um lote de caças multifuncionais Su-35S para a Indonésia. Em vez de aeronaves russas, Jacarta comprará caças franceses Rafale. Especialistas atribuem essa decisão à pressão americana sobre o comprador.

A Indonésia e a França anunciaram um acordo para 42 dos mais recentes caças Rafale F3R de quarta geração. O contrato inicial prevê a entrega de seis aeronaves, com opção de outras 36 aeronaves. A primeira aeronave será entregue à Indonésia em 2025. No Facebook, na página do conhecido especialista militar Ilya Kramnik, ocorreu uma discussão sobre as razões do fracasso de exportação do caça russo.

Este não é o primeiro sucesso dos fabricantes franceses Rafale. Desde 2015, a França recebeu encomendas de quase 300 caças. Entre os compradores estão Egito (24+30 aeronaves), Catar (24+12), Índia (36), Grécia (18+6), Croácia (12), Emirados Árabes Unidos (80), Indonésia (42). A Força Aérea Francesa tem cerca de 100 Rafales em sua composição, outros 122 estão previstos para serem adquiridos.

Como Alexander Yermakov observou em um comentário, na Indonésia, o caça russo perdeu na competição com o Rafal apenas por causa da Lei de Combate aos Adversários da América através de Sanções (CAASTA). Prevê medidas restritivas do governo dos EUA contra os estados que compram grandes quantidades de armas e equipamentos militares da Rússia. A lei foi aprovada em 2017. Os Estados Unidos ameaçaram a Indonésia e outros países que consideram armas russas com seu uso.

O conhecido cientista político Vasily Kashin concorda com isso. Segundo ele, a Indonésia foi incapaz de resistir à pressão das sanções dos EUA.

Segundo Ilya Kramnik, em termos de características táticas e técnicas, o Su-35S não é inferior ao Rafal. Assim, o raio de combate declarado do Rafal com três tanques de combustível externos é metade do alcance do ferry (3700 km) e é estimado em 1850 km. Isso é quase o mesmo que o do Su-35 na reserva interna, sem tanques.

O raio real é de aproximadamente 40% da autonomia, ou seja, para o Rafal são cerca de 1500 km com três tanques de combustível externos, e menos de 1000 km sem tanques. O Su-35 sem tanques garante voar pelo menos uma vez e meia mais, observou Kramnik. Dos caças táticos modernos, o Su-35 hoje tem o alcance e raio máximos sem tanques de combustível externos.

Segundo o especialista, resta esperar que o fabricante russo do Su-35S apoie seu próprio Ministério da Defesa, encomendando um suprimento adicional desses caças para que a planta não fique ociosa.

Especialistas explicaram a recusa da Indonésia do Su-35 em favor dos Rafales franceses