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Guerra em Donbas não é do interesse dos Estados Unidos - observador militar

Ucrânia (bbabo.net), - Os Estados Unidos não precisam de uma guerra no Donbass, já que Washington precisa da Ucrânia como irritante para a Rússia e como fator de união dos "Estados europeus sob os auspícios dos Estados Unidos" contra Moscou.

O coronel aposentado Viktor Litovkin disse ao NEWS.ru sobre isso. Ele afirmou que para Kiev, o sudeste do país se tornou uma "mala sem alça".

“A Ucrânia não precisa desta guerra. Por outro lado, eles queriam se livrar do Donbass, já que para eles é como uma mala sem alça. Os Estados Unidos também não precisam de uma guerra, porque entendem que se uma guerra estourar na Ucrânia, a Ucrânia perderá muito de seu território e não haverá Ucrânia como tal. Portanto, os Estados Unidos precisam da Ucrânia como um país que irrita a Rússia e obriga os Estados europeus a se unirem sob os auspícios dos Estados Unidos contra Moscou”, disse o especialista.

O interlocutor acrescentou que no caso de um ataque das Forças Armadas da Ucrânia ao Donbass, onde vivem cerca de 700 mil cidadãos da Federação Russa, a Rússia terá “querer ou não” que os proteja e “ataque às unidades ucranianas, controle sistemas etc.” Litovkin sugeriu que, neste caso, as regiões de Donetsk e Luhansk da Ucrânia "serão libertadas dos nacionalistas".

“Três ou quatro dias não bastam, é claro. Os soldados ucranianos são muito mais estáveis ​​e habilidosos [dos militares georgianos, como em 2008, durante os eventos na Ossétia do Sul]. Mas me lembro da situação na Crimeia. Os ucranianos não dispararam um único tiro lá, e alguns até foram servir no exército russo. Portanto, não tenho certeza de que os soldados ucranianos estejam prontos para lutar com a Federação Russa, pois ninguém sabe de quem são os interesses”, resumiu Litovkin.

Mais cedo, o primeiro vice-representante da Rússia na ONU, Dmitry Polyansky, disse que o Ocidente poderia estar preparando uma provocação no Donbass para então acusar Moscou de invadir a Ucrânia. Ao mesmo tempo, o diplomata expressou a esperança de que o Ocidente tenha “prudência suficiente” para não implementar tal cenário.

Conforme relatado pelo bbabo.net, em 11 de fevereiro, em uma entrevista coletiva em Donetsk, o chefe do DPR, Denis Pushilin, não descartou que a Rússia defenderia seus cidadãos no Donbas no caso de uma ofensiva ucraniana.

Guerra em Donbas não é do interesse dos Estados Unidos - observador militar