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Janeiro, Desmatamento na Amazônia Brasileira bate novo recorde

Brasília, - O desmatamento na Amazônia brasileira atingiu um novo recorde em janeiro de 2022. Conforme relatado pela Al Jazeera, sexta-feira (02/11/2022), pesquisadores dizem que a destruição da floresta no Brasil aumentou rapidamente desde 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro assumiu.

De acordo com novos dados do governo, o Brasil registrou o maior desmatamento já registrado na floresta amazônica no mês de janeiro. A destruição continua a piorar, apesar das promessas recentes do governo de controlá-la.

“O desmatamento na Amazônia brasileira atingiu 430 quilômetros quadrados no mês passado, cinco vezes maior do que em janeiro de 2021”, segundo dados preliminares de satélite da agência governamental de pesquisa espacial Inpe divulgados na sexta-feira.

Essa área de desmatamento é a maior para janeiro desde que a série de dados atual começou em 2015.

Os novos dados surgem quando pesquisadores ambientais dizem que a devastação ainda crescente se deve em grande parte ao presidente Jair Bolsonaro, um líder de extrema-direita que, desde que assumiu o cargo em 2019, minou as proteções ambientais do país.

Com pouco medo de punição, as florestas estão sendo desmatadas para o gado em apropriações ilegais de terras, diz Britaldo Soares Filho, pesquisador de modelos ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais. Os altos preços da carne bovina, soja e outras commodities também aumentaram a demanda por terras baratas.

“As pessoas podem se surpreender que não melhorou mais. Há uma corrida para derrubar a floresta amazônica”, disse Soares Filho.

O Ministério do Meio Ambiente afirma que fazer comparações usando um mês não dá a melhor imagem. O ministério afirmou que de agosto a janeiro, o desmatamento caiu um pouco em relação ao mesmo período do ano passado.

"O governo federal está agindo de forma mais decisiva em 2022 para combater os crimes ambientais", disse o ministério à Reuters.

Há também preocupações de que a região amazônica colombiana enfrente uma ameaça semelhante. Na terça-feira, grupos ambientalistas expressaram preocupação com o aumento acentuado dos incêndios florestais que atribuíram à extração de madeira para dar lugar à pecuária, campos de coca e estradas ilegais.

Mais de 150 acadêmicos e ativistas da Colômbia, Brasil, França e Espanha enviaram uma carta ao presidente colombiano Ivan Duque. Eles estão pedindo aos governos que adotem uma postura mais agressiva em relação ao desmatamento, usem os militares para extinguir incêndios, criem alternativas econômicas para comunidades na região amazônica e prendam aqueles que financiam os esforços de desmatamento.

A preservação da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, é fundamental para controlar as mudanças climáticas devido à grande quantidade de gases de efeito estufa que ela absorve em suas árvores.

Bolsonaro há muito defende mais agricultura comercial e mineração na Amazônia para ajudar a tirar a região da pobreza.

Enfrentando a pressão internacional dos Estados Unidos e da Europa, o Brasil se comprometeu no ano passado a acabar com o desmatamento ilegal até 2028.

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