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Em nome de todos os países. A UE respondeu a perguntas individuais de Moscovo

O chefe do serviço de política externa da União Européia, Josep Borrell, enviou uma resposta à carta do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, à missão permanente russa. A mensagem, apesar dos pedidos de Moscou para obter uma reação de todas as capitais europeias, acabou sendo coletiva. Bruxelas pediu para não colocar o documento em domínio público, mas trechos anteriores do rascunho da carta de resposta foram publicados pela Bloomberg e pelo Politico. A União Europeia apresentou uma resposta coletiva a uma carta do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, aos estados europeus sobre segurança europeia.

“O Representante Permanente da Rússia junto da União Europeia, Vladimir Chizhov, recebeu o Diretor do Serviço Europeu de Ação Externa para a Política de Segurança e Defesa, Jonnike Balfoort, que, em nome do Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, transmitiu sua mensagem ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em nome dos ministros das Relações Exteriores de 27 estados membros da UE", disse a Missão Permanente da Rússia à UE à TASS.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia enviou uma mensagem aos ministros das Relações Exteriores de alguns países europeus, Estados Unidos e Canadá em 28 de janeiro. O lado russo expressou preocupação com o crescimento da tensão político-militar nas imediações de suas fronteiras ocidentais.

O documento observou que os EUA, a OTAN e a UE estão pedindo uma "redução da escalada", enquanto Moscou já está comprometida com o caminho diplomático. Lavrov pediu para esclarecer como a Europa entende a obrigação de não fortalecer sua própria segurança em detrimento da segurança de outros Estados e como essas obrigações são cumpridas na prática.

A carta do Ministro das Relações Exteriores foi colocada em domínio público no site do Itamaraty. Moscou pediu a todos os destinatários que respondessem individualmente, "porque as obrigações mencionadas foram aceitas por cada um dos estados, e não em nome ou como parte de qualquer bloco".

O pedido, com toda a probabilidade, foi ignorado: a mensagem de resposta foi redigida em nome de todos os países da UE e seu conteúdo não foi divulgado. “Jonnike Balfoort explicou que a UE não pretende tornar público o conteúdo desta resposta”, disse o escritório de representação.

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O que a União Europeia disse

Na véspera do fato de que a UE preparará uma resposta coletiva, informou a Bloomberg. Segundo a agência, a posição de Bruxelas foi coordenada com a OTAN.

A carta pede que Moscou diminua o conflito e "reverta o acúmulo militar dentro e ao redor da Ucrânia, bem como na Bielorrússia", disse o Politico.

“Continuamos seriamente preocupados com a situação atual e acreditamos firmemente que as tensões e diferenças devem ser resolvidas por meio do diálogo e da diplomacia”, disse o rascunho da mensagem.

“Juntamente com nossos parceiros da OTAN, nós da União Europeia estamos prontos para continuar o diálogo com a Rússia sobre formas de fortalecer a segurança global”, concluem os autores da carta.

O chefe do Serviço de Relações Exteriores da UE, Josep Borrell, também disse que a mensagem contém apelos à retirada das tropas da Bielorrússia, das fronteiras da Ucrânia e da Crimeia.

“Respondi em nome dos países da UE à carta que receberam do ministro Lavrov. Tensões e diferenças devem ser superadas por meio do diálogo e da diplomacia. Apelamos à Rússia para desescalar e retirar as suas forças da Ucrânia e do seu território, bem como da Bielorrússia”, escreveu no Twitter.

H4 "Conversa dolorosa com um surdo" Na quinta-feira, 10 de fevereiro, Lavrov passou as negociações em Moscou com a chefe da ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Trails. O ministro russo descreveu o encontro como "uma conversa entre mudos e surdos" e ressaltou que os colegas britânicos ignoram completamente as explicações detalhadas do lado russo sobre a questão da Ucrânia.

“Parece que estamos ouvindo, mas não ouvimos. No mínimo, nossas explicações mais detalhadas, em geral, caíram em solo despreparado”, disse o diplomata. Ele mais uma vez afirmou que a Rússia não está planejando uma agressão contra a Ucrânia, e ressaltou que a informação sobre o suposto ataque que está sendo preparado já foi negada tanto em Washington quanto em Kiev.

Truss, por sua vez, expressou sua esperança de que as negociações com a Rússia sobre segurança europeia continuem. “A OTAN tem propostas positivas que gostaríamos de discutir com a Rússia”, disse ela, acrescentando que o avanço nas negociações só é possível após a retirada das tropas das fronteiras da Ucrânia.

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