Bruxelas, 9 de fevereiro (bbabo.net)
As primeiras ondas da pandemia de KOVID-19 parecem ter tido um impacto mais severo nas partes mais pobres da União Europeia, de acordo com um relatório divulgado ontem sobre as desigualdades do bloco, citado pela DPA.
A sobremortalidade ou taxa de mortalidade acima dos níveis normais atingiu 17% nas regiões menos desenvolvidas entre março de 2020 e julho de 2021, de acordo com um relatório da Comissão Europeia sobre política de coesão. Nas regiões mais ricas, esse número chega a 12%.
A taxa média de sobremortalidade na UE no mesmo período, em que a maioria dos cidadãos adultos foi totalmente vacinada, atingiu 13% ou 872.000 mortes. Isso pode ser devido diretamente à própria doença respiratória ou indiretamente a hospitais superlotados e restrições ao sistema de saúde, disse o relatório.
As piores consequências econômicas em 2020 estão em Malta, Espanha, Hungria, Grécia e Portugal, segundo o relatório. Muitos desses países são particularmente dependentes do turismo.
“A pandemia levou à maior recessão desde (o fim da Segunda Guerra Mundial) em 1945, afetando particularmente setores socialmente dependentes, como o turismo”, disse o relatório.
Em 2020, a pandemia da UE aumentou em 5 milhões o número de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social.
Em 2019, quase 20% da população do bloco, ou cerca de 92,4 milhões de pessoas, foram classificadas como em risco, segundo dados divulgados pelo Eurostat.
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