Os ministros das Relações Exteriores da Rússia e dos EUA, Sergei Lavrov e Anthony Blinken, conversaram por telefone. Discutiram principalmente garantias de segurança, às quais o Ministério das Relações Exteriores da Rússia já havia recebido uma resposta, bem como possíveis reuniões de chefes de Estado. O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, reafirmou a posição do lado americano de que cada estado tem o direito de determinar independentemente sua política externa, inclusive em matéria de eleições sindicais.
Assim, as partes abordaram as garantias de segurança, cuja discussão já se arrasta há quase um mês e meio. Em meados de dezembro do ano passado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou acordos de segurança para os EUA e a OTAN. Tiveram em conta as preocupações das partes, em particular sobre a situação na Ucrânia. As principais condições da Rússia são que a OTAN não se mova para o leste e negue a adesão da Ucrânia à aliança.
Os diplomatas russos enviaram os documentos aos seus parceiros e receberam recentemente uma resposta. Nele, como observou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, "não houve resposta positiva" às demandas básicas de Moscou. Após negociações com Blinken, ele confirmou sua tese de que é inaceitável fortalecer a própria segurança em detrimento da segurança dos outros. E esse princípio, segundo ele, os países ocidentais tentam não se lembrar.
Em 1º de fevereiro, também foram realizadas conversas entre o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban. Em uma entrevista coletiva após a reunião, Putin abordou o assunto das garantias de segurança. Ele enfatizou que em nenhum lugar é indicado que a OTAN adere a uma política de "portas abertas". Ele lembrou que o tratado de 1949 apenas afirmava que o bloco político-militar poderia aceitar o país em suas fileiras. “Talvez, mas não obrigado”, enfatizou o presidente russo.
Ele expressou a opinião de que as autoridades americanas e a OTAN poderiam dizer, "incluindo a Ucrânia", que querem garantir a segurança do país, mas não podem aceitá-la na aliança, pois "há outras obrigações internacionais já assumidas".
Washington vê o interesse da Rússia em continuar o diálogo sobre garantias de segurança. Isso foi afirmado pelo representante oficial do Departamento de Estado, Ned Price.
Segundo ele, depois que a Rússia fornecer aos Estados Unidos uma resposta à reação americana às propostas de Moscou, os termos dos contatos serão definidos. “Continuamos abertos e concordamos compromisso em nível de liderança entre o presidente Biden e o presidente Putin. Mas vai depender de onde vamos parar após o próximo passo”, acrescentou.
Price observou que, durante as negociações, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse que o lado americano estava pronto para realizar um trabalho diplomático sério com representantes russos.
Enquanto isso, na Duma do Estado, eles acreditam que os Estados Unidos continuam a provocar histeria. Esta opinião foi expressa pelo presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma do Estado, Leonid Slutsky. Ele acredita que Washington quer "reduzir todas as negociações sobre garantias de segurança a uma discussão sobre o mito da próxima invasão da Ucrânia".
O parlamentar acredita que desta forma as autoridades americanas estão desviando a atenção "de suas próprias promessas e obrigações não cumpridas". Muito provavelmente, ele está se referindo à tese de Moscou de que a Otan prometeu não expandir sua presença militar para o leste, mas não manteve essas palavras.
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