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Sanções ocidentais à Rússia vão piorar crise na Ucrânia, diz China

Sanções à Rússia por causa da crise na Ucrânia só piorariam as divisões e agora é hora de moderação, disse a China na terça-feira, um dia depois que os países do G7 ameaçaram agir contra Moscou. “Olhando para a situação atual, as sanções unilaterais apenas intensificariam as divisões e contendas.

A China pede moderação de todos os lados e que a crise na Ucrânia e suas questões relevantes sejam resolvidas por meio do diálogo e da negociação”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin. “Não provoque ou faça sensacionalismo para escalar a crise.” A avaliação veio depois que os ministros das Finanças do Grupo dos 7 assinaram uma declaração conjunta ameaçando que “qualquer outra agressão militar da Rússia contra a Ucrânia será recebida com uma resposta rápida, coordenada e contundente”. “Estamos preparados para impor coletivamente sanções econômicas e financeiras que terão consequências massivas e imediatas na economia russa”, disse o grupo.

As tensões aumentaram na fronteira com a Ucrânia nos últimos meses, quando a Rússia reuniu mais de 100.000 soldados, aumentando o risco de uma guerra terrestre no que alguns dizem ser a pior crise de segurança da Europa em décadas.

O presidente russo, Vladimir Putin, está exigindo que a Otan exclua a adesão da Ucrânia, e os Estados Unidos ameaçaram sanções a uma invasão russa.

Ao longo da crise, Pequim sempre pediu um diálogo direto entre Moscou e Kiev, sem tomar uma posição clara entre os dois.

Mas no início deste mês, o presidente chinês Xi Jinping se encontrou com Putin em Pequim para a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, uma reunião que Putin disse mostrar laços estreitos "sem precedentes" entre os dois países.

Na terça-feira, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison instou a China a denunciar as ameaças russas contra a Ucrânia. “Esperamos que todas as nações, todos os governos ao redor do mundo, denunciem o que está acontecendo com as ameaças de violência contra a Ucrânia”, disse Morrison ao parlamento australiano. “Observo que o governo chinês, juntamente com o governo russo, está se unindo nesta questão e que o governo chinês não denunciou o que está ocorrendo na Ucrânia.” Ele convocou todos os legisladores federais a se juntarem a ele para pedir à China que denuncie as ameaças violentas contra a Ucrânia.

No Japão, o primeiro-ministro Fumio Kishida também expressou “grave preocupação” e disse que monitora a situação na Ucrânia com alta vigilância enquanto coordena com os países do G7 para lidar com o desenvolvimento.

A embaixada da China em Kiev estava funcionando normalmente na segunda-feira, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores chinês.

Sanções ocidentais à Rússia vão piorar crise na Ucrânia, diz China