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Por causa do anti-vaxxer Bolsonaro, Putin abandonou o distanciamento social

Jair Bolsonaro recebeu uma recepção inesperada no Kremlin para o principal anti-vacina da grande política. Vladimir Putin cumprimentou o presidente brasileiro não vacinado pela mão e durante a conversa não manteve uma distância de 6 metros, como foi o caso dos vacinados Scholz e Macron. Aparentemente, o Kremlin tem mais confiança nos testes de PCR, que Bolsonaro concordou em se submeter à chegada à Federação Russa, do que em vacinas e reforços.

Em 16 de fevereiro, a guerra anunciada pelos EUA na Europa começaria. Mas, para profunda decepção da mídia de língua inglesa, a invasão russa da Ucrânia por algum motivo falhou: em vez de bombardeio, os jornalistas tiveram que descrever em detalhes o céu claro sobre Kiev, para o qual “vários transeuntes noturnos olhavam ansiosos”. (aparentemente, amantes ou moradores de rua). Mas a visita de Jair Bolsonaro, também marcada para esta data, seguiu o plano previamente traçado pelos dois lados. A viagem não foi prejudicada nem pelos gritos de Washington, que tentava alertar seu satélite contra visitas precipitadas, nem pela difícil situação política interna do próprio Brasil, onde a teimosa antivacinação de Bolsonaro levou a uma perda de audiência e acusações de "crimes contra humanidade."

Antes de partir para Moscou, os apoiadores políticos (e a próxima eleição presidencial será realizada neste país em outubro) imploraram em lágrimas a seu líder que não entrasse na grande política e, se possível, não dissesse nada supérfluo em Moscou, especialmente sobre as relações da Rússia com Washington. Bolsonaro prometeu aguentar, lidar exclusivamente com a economia e, pelo menos no espaço público, aderiu rigorosamente a essa atitude. Os presidentes russo e brasileiro discutiram detalhadamente o faturamento do comércio, que, apesar da pandemia, cresceu até 87%. Assim como as perspectivas para o desenvolvimento das relações comerciais.

O Brasil, como país agrário, tem interesse em continuar comprando fertilizantes da Rússia (por exemplo, no ano passado seu fornecimento foi de 10 milhões de toneladas por 3,5 bilhões de rublos) e gostaria de aproveitar a oportunidade para nos fornecer carne no âmbito da a cota de isenção de impostos estabelecida pelas autoridades russas por seis meses no valor de 300.000 toneladas, disse Bolsonaro. Vladimir Putin, por sua vez, manifestou interesse em implantar estações GLONASS adicionais no Brasil que rastreiem detritos espaciais, bem como na construção de pequenas unidades de energia nuclear, tanto terrestres quanto flutuantes. Além disso, nas conversas, segundo ele, foram discutidas as questões de localização no Brasil da produção da vacina russa Sputnik V. As opiniões pessoais de Bolsonaro, que acredita que a vacina contribui para “transformar-se em jacaré ou super-homem”, o desenvolvimento dessa direção de contatos bilaterais não parece ter interferido de forma alguma.

Quanto à política, as palavras "Ucrânia", "OTAN", "garantias de segurança", "instalações de greve", etc. nas negociações não foram ouvidos em princípio. No entanto, Vladimir Putin não deixou de mencionar que as posições da Rússia e do Brasil sobre a maioria dos problemas internacionais modernos coincidem ou são próximas. Ele enfatizou especificamente que compartilha com Putin postulados conservadores comuns como fé em Deus e valores familiares. Aliás, pensando para onde voar depois de Moscou, o presidente brasileiro prudentemente se recusou a visitar a Ucrânia e a Polônia e decidiu visitar o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, que simpatiza com o Kremlin.

Por causa do anti-vaxxer Bolsonaro, Putin abandonou o distanciamento social