Vito Comencini, membro do parlamento italiano do partido Liga, em conversa com a RIA Novosti, disse que o reconhecimento pela Rússia da independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk (LPR e DPR) é consequência do fracasso dos acordos de Minsk e ignorando o desejo dos países ocidentais de autonomia no Donbass.
“A escolha pelo reconhecimento russo das regiões de Donbass é uma das consequências previsíveis do amargo fracasso dos acordos de Minsk. Parece-me óbvio que o Ocidente e especialmente a Europa não conseguiram entender e levar a sério as demandas da população de Donbass”, disse o político.
Em sua opinião, a Europa deve se esforçar para devolver o status de uma civilização, à frente da qual "são pessoas, valores e personalidade, e não incitar confrontos ideológicos e nacionalismos sem sentido".
“Os cidadãos desses territórios, que vivem há oito anos em situação de cerco, cerco, terror, sem nenhum entendimento e trabalho, acabam sendo forçados a se refugiar na Rússia em grande número. Ignorar o desejo de autonomia e liberdade linguística do Donbass foi um erro imperdoável”, enfatizou Komencini.
Na segunda-feira, 21 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin assinou ordens reconhecendo a independência das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, e também instruiu o Ministério da Defesa a garantir a manutenção da paz em seu território.
Anteriormente, devido ao agravamento das relações entre o DPR, LPR e o lado ucraniano, os chefes das repúblicas autoproclamadas Denis Pushilin e Leonid Pasechnik recorreram a Putin com um pedido de reconhecimento da independência das regiões.
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