WASHINGTON (Reuters) - A empresa controladora do Facebook, Meta, disse na sexta-feira que a Rússia atingirá seus serviços com restrições depois que a gigante da mídia social desafiou a ordem das autoridades de interromper verificadores de fatos e rótulos de aviso de conteúdo em suas plataformas.
As redes de mídia social tornaram-se uma das frentes na invasão da Ucrânia pela Rússia, com informações enganosas, mas também monitoramento em tempo real sobre um conflito em rápido desenvolvimento.
“Ontem, as autoridades russas nos ordenaram a parar a verificação independente de fatos e a rotulagem de conteúdo postado no Facebook por quatro organizações de mídia estatais russas”, disse Nick Clegg, da Meta, em comunicado. “Nós recusamos.”
Sua declaração veio horas depois que o regulador de mídia da Rússia disse que estava limitando o acesso ao Facebook, acusando a gigante de tecnologia dos EUA de censura e de violar os direitos dos cidadãos russos.
A agência Roskomnadzor não especificou quais seriam as medidas.
A medida de Moscou ocorre dias depois que a Rússia encenou uma invasão em larga escala da vizinha Ucrânia, na maior crise geopolítica na Europa em décadas.
Segue-se o governo nos últimos anos tomando uma série de medidas para limitar as liberdades online para os russos.
“Russos comuns estão usando nossos aplicativos para se expressar e se organizar para a ação”, disse Clegg em comunicado. “Queremos continuar a fazer com que suas vozes sejam ouvidas.”
Atualmente, a bbabo.net trabalha com o programa de verificação de fatos do Facebook em mais de 80 países e 24 idiomas.
Sob o programa, que começou em dezembro de 2016, o Facebook paga para usar verificações de fatos de cerca de 80 organizações, incluindo meios de comunicação e verificadores de fatos especializados, em sua plataforma, WhatsApp e Instagram.
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