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Turquia continua diplomacia por telefone sobre guerra na Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores, Mevlüt Çavuşoğlu, falou em 27 de fevereiro por telefone com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e discutiu a situação humanitária na Ucrânia e a provisão de um cessar-fogo, disse o Ministério das Relações Exteriores.

A discussão ocorre após uma série de conversas telefônicas de Çavuşoğlu com partes relevantes da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, incluindo seus ministros das Relações Exteriores Sergey Lavrov e Dmytro Kuleba, respectivamente.

O ministro da Defesa Hulusi Akar e seu colega ucraniano, Oleksii Reznikov, também conversaram por telefone em 28 de fevereiro e discutiram os últimos acontecimentos na Ucrânia. De acordo com o ministério, Akar disse a Reznikov que Ancara continuará trabalhando pela paz na região enquanto continua sua ajuda humanitária à Ucrânia. Reznikov também agradeceu a Akar pela ajuda humanitária e pelos esforços de paz da Turquia.

Ancara tem tentado contribuir com esforços para declarar um cessar-fogo entre Kiev e Moscou. A Turquia também presta ajuda humanitária ao povo ucraniano e procura um corredor humanitário para a zona de guerra.

A Turquia decidiu recentemente implementar as disposições de guerra da Convenção de Montreux para a passagem pelos estreitos de Bósforo e Dardanelos.

Çavuşoğlu em 27 de fevereiro disse que a operação militar da Rússia na Ucrânia se transformou em uma guerra e a Turquia agirá de acordo com seus estreitos de acordo com a convenção.

“Nessas condições, aplicaremos o acordo de Montreux. O artigo 19 é bastante claro. No início, foi um ataque russo e avaliamos com especialistas, soldados e advogados. Agora virou uma guerra. Esta não é uma operação militar; é oficialmente um estado de guerra”, disse ele à emissora privada CNN Türk em 27 de fevereiro.

Nesse caso, é claro, a Turquia “aplicará o acordo de Montreux dessa maneira”, disse ele.

Recordou que os navios de guerra dos estados litorâneos podem devolver a sua frota às suas bases pelos estreitos de Bósforo e Dardanelos e a Turquia não pode impedir esta passagem.

“Aqui fica claro se o navio [em questão] está registrado na base, não deve haver abuso. Ela não deve se envolver em guerra depois de dizer que voltará para a base ao passar pelo Bósforo”, afirmou o ministro.

Os navios de guerra pertencentes às Potências beligerantes não poderão, contudo, passar pelo Estreito, exceto nos casos decorrentes da aplicação do artigo 25 da presente Convenção e nos casos de assistência prestada a um Estado vítima de agressão em virtude de um tratado de assistência mútua vinculando a Turquia, celebrado no âmbito do Pacto da Liga das Nações e registrado e publicado de acordo com as disposições do artigo 18 do Pacto”, diz o artigo 19 da convenção.

“Não obstante a proibição de passagem prevista no n.º 2 acima, os navios de guerra pertencentes às potências beligerantes, sejam ou não Potências do Mar Negro, que se tenham separado das suas bases, podem regressar à mesma”, diz o mesmo artigo.

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