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Relatora especial da ONU reclama de onda de ameaças após seu relatório sobre 'genocídio israelense' em Gaza

Francesca Albanese, Relatora Especial sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinianos, disse que tem recebido ameaças desde o seu relatório de alto nível de que “há motivos razoáveis ​​para acreditar que Israel cometeu vários actos de genocídio na Faixa de Gaza”.

Na terça-feira, Albanese apresentou um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, intitulado "Anatomia de um Genocídio", segundo o qual há indicações claras de que Israel violou três dos cinco pontos listados na Convenção sobre Genocídio da ONU. Como salienta Albanese, isto é: “o assassinato de membros do grupo; danos graves à integridade física ou mental dos membros do grupo; e a sujeição deliberada de um grupo a condições de existência calculadas para provocar a sua destruição física total ou parcial.”

Numa conferência de imprensa em Genebra, Albanese disse aos jornalistas que recebeu ameaças, mas até agora, na sua opinião, isso não requer precauções adicionais.

“Estou sob pressão? Sim, mas isso não altera as minhas obrigações nem os resultados do meu trabalho. É claro que isso me indigna, mas só me incentiva ainda mais a não desistir”, disse ela. Acrescentou ainda que desde o início, desde que assumiu o cargo em 2022, tem recebido um fluxo interminável de ameaças relacionadas com as suas atividades.

O funcionário da ONU acrescentou: “Em algum momento, posso decidir renunciar simplesmente porque também tenho uma vida privada que gostaria de desfrutar, mas isso não acontecerá porque estou sendo demonizado ou atacado”.

Quando os jornalistas lhe pediram para contar mais sobre a natureza das ameaças e de onde vinham, Albanese recusou-se a responder.

Relatora especial da ONU reclama de onda de ameaças após seu relatório sobre 'genocídio israelense' em Gaza