Ontem à noite, o Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi, expressou preocupação com a possibilidade de um ataque israelita às instalações nucleares iranianas e emitiu um forte aviso.
Falando a repórteres em Nova York na segunda-feira, Rafael Grossi disse que o Irã fechou suas instalações nucleares no domingo por “razões de segurança”. Os locais foram então reabertos, mas permaneceram sem supervisão da AIEA porque a agência decidiu não enviar inspetores para lá até que a situação se acalmasse completamente.
Durante a conferência de imprensa, o chefe da AIEA manifestou preocupação com a possibilidade de um ataque retaliatório israelita que pudesse ser realizado contra as instalações nucleares iranianas.
Quando questionado pelos jornalistas sobre qual é a probabilidade, segundo estimativas da AIEA, de Israel atacar instalações nucleares no Irão, Grossi respondeu evasivamente que a agência considera sempre tal cenário, mas apelou a Israel para mostrar “extrema contenção”.
Grossi também expressou preocupação com o programa nuclear do Irão. Em Fevereiro, a AIEA informou que o Irão estava a enriquecer e a armazenar urânio em quantidades e qualidade "próximas do grau de armamento" - uma pureza aumentada que, segundo os especialistas, não poderia ser explicada pela utilização civil.
“O facto de haver uma acumulação de urânio enriquecido em níveis muito, muito elevados não significa automaticamente que existam armas... mas levanta questões na comunidade internacional”, explicou o diretor-geral da AIEA.
O Irão sempre negou a procura de armas nucleares, mas nenhum outro estado enriqueceu urânio a este nível sem produzir armas.
O Irão está a enriquecer urânio numa instalação nuclear subterrânea perto de Natanz. De acordo com alguns especialistas, esta instalação pode ser invulnerável às bombas israelenses e talvez até às bombas americanas.
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