A plataforma de vídeo chinesa Bilibili prometeu contratar 1.000 novos moderadores de conteúdo e monitorar a saúde dos funcionários mais de perto depois que um moderador morreu por excesso de trabalho, relata a Reuters. O incidente veio à tona de um usuário da plataforma de microblogging Weibo. Na semana passada, ele revelou que um funcionário havia morrido como resultado do trabalho árduo prolongado de moderação de conteúdo durante a celebração do Ano Novo Chinês.
Um homem de 25 anos de Wuhan ficou doente em casa no sábado, segundo o Guardian. Ele foi hospitalizado e à noite ele morreu no hospital. Representantes de Bilibili foram ao hospital prestar assistência e notificaram a família da morte do homem. De acordo com a Bloomberg, ele morreu como resultado de uma hemorragia cerebral.
A situação recebeu ampla publicidade na Web. Em resposta às denúncias, a empresa apontou que o funcionário trabalhava oito horas por dia e não fazia hora extra. Bilibili nega que a morte tenha sido causada por excesso de trabalho. Uma equipe especial foi montada para investigar o incidente, trabalhando em conjunto com as agências de aplicação da lei, mas os detalhes do caso e os nomes das vítimas não foram divulgados. Eles também lembram casos ressonantes com a morte de funcionários da empresa chinesa Pinduoduo. Em particular, em dezembro de 2020, um dos trabalhadores desmaiou a caminho de casa após um duro turno da meia-noite. Ela morreu seis horas depois no hospital.
No entanto, a plataforma garantiu estar muito preocupada com a reação dos usuários e prometeu aumentar o controle sobre a saúde dos funcionários para evitar que tais tragédias ocorram. A expansão da equipe de moderadores deve reduzir a carga da equipe atual. A empresa também verificará com mais frequência a condição da equipe que trabalha nos departamentos de moderação de conteúdo.
A situação mais uma vez levantou o ponto sensível para o trabalho de horas extras da China. Os usuários denunciaram as empresas pelo sistema 996 - funcionam das 9h às 21h, seis dias por semana. Em setembro de 2021, esse sistema foi declarado ilegal na China. Eles exigem a abertura de um processo criminal sobre o fato da morte de um funcionário e a cultura implacável de horas extras forçadas para os funcionários. Os usuários na China estão pedindo às pessoas que não reciclem, não importa o custo.
No ano passado, moderadores do Facebook contratados por meio da empresa de terceirização Accenture começaram a reclamar das condições de trabalho. Eles até compraram um outdoor móvel para reclamar dos baixos salários. Ele apresentava uma foto da CEO da Accenture, Julie Sweet, e um apelo para parar de explorar seus trabalhadores. Ele começou sua jornada em Bethesda, Maryland, onde Sweet mora, e terminou em Washington, DC.
As principais reclamações dos funcionários estão relacionadas à relação injusta entre o nível de carga de trabalho e o salário. Além disso, eles constantemente pediam à empresa para oferecer benefícios e melhorar as condições de trabalho, mas seus pedidos eram ignorados. Os moderadores processam diariamente centenas de mensagens com conteúdo negativo (com assassinatos reais, violência sexual, incitação ao ódio e muito mais), que não podem deixar de afetar sua saúde e estado psicológico. Em vez de assistência psicológica completa, a Accenture oferece treinamento psicológico aos moderadores.
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