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Sanções: Presidente Nyusi elogia a resiliência de Zim

Kudakwashe Mugari na BEIRA, Moçambique

O presidente moçambicano, Felipe Nyusi, elogiou os zimbabuanos por conseguirem lidar e se desenvolver mesmo sob o jugo de sanções perniciosas impostas pelo Ocidente.

Nas últimas duas décadas, o Zimbábue esteve sob sanções econômicas ilegais impostas como punição pelo programa de reforma agrária que corrigiu os desequilíbrios fundiários coloniais.

Apesar do peso das sanções ilegais, o Zimbábue – sob a Segunda República – conseguiu implementar projetos de desenvolvimento que surpreenderam até seus algozes.

Durante uma conferência de imprensa, após compromissos bilaterais com o Presidente Mnangagwa, o Sr. Nyusi questionou a lógica por trás das sanções, considerando que o Zimbabué implementou reformas políticas, mediáticas e económicas de longo alcance.

“As sanções ao Zimbábue devem ser removidas. Não podemos ter sanções por mais de duas décadas. É ódio ou um feitiço maligno. O presidente Mnangagwa me disse que seu país havia iniciado reformas que justificam a retirada das sanções. Então, por que as sanções não estão sendo removidas? Como SADC estamos preocupados com as sanções ao Zimbabué porque o Zimbabué tem muito a oferecer ao mercado mundial”, disse.

Apesar das sanções, o Zimbabué tem desempenhado um papel fundamental na região da SADC em termos de apoio alimentar e de segurança.

“O Zimbábue, apesar das sanções, tem sido autossuficiente no setor agrícola. Hoje eles nos deram grãos e estão nos oferecendo suporte de segurança. Somos gratos por isso”, disse

Durante a coletiva de imprensa conjunta, o Presidente Mnangagwa disse que as sanções não afetarão o apoio do Zimbabué a Moçambique

“As sanções estão conosco há algum tempo, mas com Moçambique, faremos qualquer coisa para apoiá-las, somos repúblicas irmãs. Continuaremos a criar espaço em todos os setores, seja segurança, agricultura ou energia”, disse o presidente.

Os dois líderes também prometeram acabar com o terrorismo que afetou a região de Cabo Delgado e algumas partes de Moçambique.

“Se permitirmos que o terrorismo se espalhe, isso afetará nossa região. Portanto, precisamos lidar com isso da fonte”, disse o presidente Mnangagwa.

De sua parte, o presidente anfitrião disse que o objetivo final é aniquilar todas as formas de terrorismo na região.

“Nosso principal objetivo é acabar com o terrorismo, se isso significar hoje ou daqui a seis meses. Continuaremos a lutar contra isso”, disse o presidente Nyusi.

O Zimbabué tem dado um grande apoio à luta contra o terrorismo em Moçambique, tendo enviado formadores para liderar o treino das forças moçambicanas no combate ao terrorismo.

Uma força da SADC, mais o Ruanda, também está no terreno em Moçambique reprimindo o terrorismo com resultados positivos.

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