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Forças do governo da Etiópia matam 14 civis em Oromia

A Comissão de Direitos Humanos da Etiópia, a organização independente financiada pelo governo da Etiópia, expôs hoje o assassinato de 14 civis na região de Oromia pela Força Especial de Oromia no final de novembro passado.

O líder tradicional de Kereyu – Abba Geda Kedir Hassen, está entre os 14 civis mortos (descritos como ‘assassinato extrajudicial’ no relatório) pela força especial Oromia, de acordo com o relatório da Comissão divulgado hoje. O relatório afirmou que o assassinato de vingança pelas forças especiais de Oromia ocorreu em torno da área de Fentale – Metehara na região de Oromia, na Etiópia, um dia após 11 membros das forças especiais de Oromia serem mortos por um grupo armado desconhecido.

O relatório de 8 páginas da Comissão entrevistou 46 testemunhas. O relatório divulgado em língua amárica afirmou que antes de matar os civis, os membros da força especial Oromia pegaram os 30 civis e fizeram 14 deles deitarem no chão e os assassinaram.

Afirma-se que antes de levá-los ao mato para serem assassinados, os membros das forças especiais de Oromia pediram aos mortos que lhes dissessem quem matou seus 11 colégios (membros das forças especiais de Oromia) no dia anterior.

Após os brutais assassinatos de vingança dos 14 civis que são membros da tribo Kereyu Michle Geda Jilla, os parentes dos mortos são proibidos pelos assassinos (membros das forças especiais de Oromia) de levar e enterrar seus familiares, segundo o relatório. Até agora, nem a polícia de Oromia nem o procurador-geral da região ou da Etiópia responderam pela investigação da Comissão.

Recorde-se que há cerca de uma semana, nos arredores de Adis Abeba, na zona de Burayu, 3 civis (seguidores da Igreja Ortodoxa Etíope) são mortos pelos membros das forças especiais Oromia durante a celebração do Timkat da Etiópia (Epifania). Os três civis são supostamente mortos por tecer a velha bandeira verde, amarela e vermelha da Etiópia.

Após o assassinato, o chefe do Serviço de Comunicação do Governo da Etiópia, Legesse Tulu, indicou questão está sendo investigada. Enquanto isso, até agora, nem a região de Oromia nem o governo federal da Etiópia emitiram uma declaração pública sobre quem da força especial de Oromia assassinou os três indivíduos e quais medidas foram tomadas contra eles.

A Comissão em seu relatório instou o governo da Etiópia a compensar os parentes das pessoas que perderam suas vidas e aqueles que estão sofrendo ferimentos graves devido ao ataque das forças especiais de Oromia.

Antes da investigação da Comissão, os meios de comunicação do Governo na altura noticiaram que os 14 civis são mortos pelo grupo armado designado como grupo terrorista na Etiópia – Frente de Libertação de Oromia (OLF-Shene).

Forças do governo da Etiópia matam 14 civis em Oromia