O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (CEDH) ordenou que as autoridades russas forneçam informações a cada duas semanas sobre o estado de saúde de Zarema Musaeva, esposa do ex-juiz checheno Saidi Yangulbaev. A mulher foi levada à força para a Chechênia de Nizhny Novgorod em janeiro. As autoridades chechenas afirmam que ela atacou um policial durante sua prisão, ela foi presa por 15 dias e um processo criminal foi aberto contra ela.
A decisão do TEDH foi anunciada pelo “Comitê contra a Tortura” que aplicou ao tribunal (a entidade legal do comitê foi declarada agente estrangeira na Federação Russa, agora a organização opera sem formar uma entidade legal). A ordem judicial (.pdf) estabelece que os relatórios de saúde da Sra. Musayeva devem ser documentados, inclusive fornecendo uma lista de medicamentos prescritos a ela e exames realizados. O TEDH também exigiu que fossem observados os direitos de Zarema Musayeva, previstos na Convenção para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais.
O próprio Saydi Yangulbaev deixou a Rússia com seus filhos. Após sua partida, Ramzan Kadyrov declarou que "esta família está esperando um lugar na prisão ou no subsolo", e também ameaçou "destruir" os parentes de Yangulbaev. Em 3 de fevereiro, o colegiado de juízes da república privou-o de seu status de juiz, ele qualificou esta decisão de descabida.
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