Bbabo NET

Sociedade Notícias

O especialista avaliou a possibilidade de saída da Ucrânia do TNP

Como parte da Conferência de Munique, o presidente ucraniano Zelensky disse que a Ucrânia poderia se retirar do Memorando de Budapeste e abandonar seu status de livre nuclear. De acordo com Alexander Uvarov, editor-chefe do portal russo de informações nucleares AtomInfo.ru, a comunidade internacional simplesmente não a deixa fazer isso.

“Posso dizer que a situação livre de armas nucleares na Ucrânia é determinada pelo Memorando de Budapeste e pela participação no Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Eles entraram no TNP em 1994 e, de acordo com os termos do tratado, a Ucrânia não tem o direito de ter armas nucleares. Assim, para retomar o programa nuclear, a Ucrânia terá que violar este tratado, e esta é a opção do Irã com mais sanções, ou retirar-se dele, e esta é a opção da Coreia do Norte. É isso que eles terão que escolher”, disse ele.

O especialista ressaltou que a comunidade internacional, representada pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, reagiria de qualquer forma a tais ações. “As cinco potências nucleares oficiais não estão interessadas em que as armas nucleares se espalhem pelo mundo”, disse Uvarov.

Segundo ele, a Ucrânia certamente tem a oportunidade de fazer algo nesse sentido.

“Na Ucrânia, embora não completo, mas a indústria nuclear está presente. Há realmente um certo número de especialistas neste campo, eles têm reservas de urânio natural, há um reator de pesquisa em Kiev onde a pesquisa pode ser realizada. Em geral, a Ucrânia pode tentar retratar algo ”, acredita o especialista.

É claro que isso não será comparável ao potencial nuclear da Rússia, dos Estados Unidos ou da China, enfatizou Uvarov. Ele explicou que, do ponto de vista técnico, a Ucrânia tem a capacidade de implementar rapidamente um projeto desse tipo. Segundo ele, isso é possível não em um mês condicional, mas em alguns anos.

“Do ponto de vista político, a comunidade internacional será muito contra, e não apenas a Rússia. Espero que a China, os Estados Unidos e a Europa também se oponham a isso”, concluiu o especialista.

O especialista avaliou a possibilidade de saída da Ucrânia do TNP