Baku, 12 de fevereiro de
A apresentação do Aston Martin ocorreu em um formato bastante raro de cerimônia “real” nos últimos anos, e a equipe demonstrou um carro muito real. Gary Anderson, ex-designer de carros de corrida e agora especialista em The Race, compartilhou suas impressões sobre o que viu.
Segundo a Aston Martin, eles mostraram um carro que dá uma ideia bastante precisa do que podemos ver na pista no início dos testes. Claro, é de se esperar que haja algumas mudanças.
Em geral, tem-se a impressão de que os novos regulamentos técnicos levaram ao fato de que os carros começaram a parecer mais elegantes, suas silhuetas são agradáveis à vista.
PARA-LAMA DIANTEIRO
A asa consiste em quatro componentes, e o primeiro avião se projeta um pouco para a frente. O objetivo do avião principal é que ele “processa” o fluxo de ar, e o segundo elemento já gera a força descendente principal.
Os dois elementos superiores fornecem força de fixação extra e parecem ser ajustáveis para permitir que a máquina seja equilibrada.
CARENAGEM DO NARIZ E MONTAGEM DA ALA
Vê-se claramente que a seção inferior do cone do nariz é claramente levantada e a fixação da asa é bastante simples - a carga principal cai em seu segundo elemento com seu plano largo.
SUSPENSÃO DIANTEIRA
A solução é tradicional: um pushrod e triângulos duplos.
O tirante está alinhado com o braço superior, o que também ajuda a influenciar o fluxo de ar do para-lama dianteiro.
Em geral, essa geometria de suspensão com o arranjo usual de triângulos deve ajudar a criar a área de contato desejada entre o pneu e a superfície da pista.
DUTOS DE AR DO FREIO DIANTEIRO
Os dutos de freio são relativamente pequenos em tamanho. Os discos de freio são maiores, a massa de carbono de que são feitos aumentou, então eles aquecem mais lentamente - provavelmente é por isso que dutos de ar desse tamanho são suficientes para um resfriamento eficiente. Mas se isso é verdade ou não, ficará claro durante os testes.
Os dutos de ar passam para os "para-lamas" localizados na parte interna acima da roda. O objetivo deste elemento é reduzir a turbulência atrás do pneu e para que esse ar perturbado não afete a eficiência da borda de ataque do fundo.
ESTABILIZADORES LATERAIS
Não existem defletores laterais familiares nas máquinas de nova geração, mas em seu lugar apareceu uma espécie de estabilizadores que desempenham uma função semelhante. Basicamente, este elemento é necessário para direcionar o ar perturbado gerado atrás do pneu dianteiro para longe da borda frontal dos pontões laterais, bem como melhorar a qualidade do fluxo que entra na borda de ataque do fundo.
PONTOS LATERAIS
Essa área do carro atrai atenção especial e, em testes, será necessário observá-la mais de perto.
Em 2022, os pontões laterais são mais longos do que antes. Se você está tentando fazer com que uma porcentagem significativa da força descendente venha da parte inferior do carro, você precisa ter certeza de que a área de superfície é a maior possível.
Como não há mais aberturas laterais para melhorar o fluxo de ar nesta área da máquina, mover a borda frontal dos pontões laterais ainda mais para frente significa que está em uma zona de turbulência que se forma atrás das rodas dianteiras.
A solução da Aston Martin é um pouco parecida com a que vimos no Red Bull RB18, embora fosse apenas um show car: a parte inferior do pontão lateral é visivelmente truncada, o que permite que o fluxo de ar corra em direção ao difusor.
Existem "persianas" perceptíveis nos pontões laterais, portanto, o ar quente dos radiadores, que sai por eles, será direcionado para o plano superior da asa traseira adicional, cujo objetivo é aumentar a eficiência do difusor.
SUSPENSÃO TRASEIRA
A Aston Martin usa um trem de força, caixa de câmbio e suspensão traseira da Mercedes. No coração da suspensão está um empurrador, como no carro do ano passado.
Essa área afeta o desempenho do cone, que está mais alto este ano. É importante conseguir a disposição ideal dos elementos de suspensão - especialmente o braço inferior - para que eles afetem o mínimo possível a eficiência do difusor.
ASA TRASEIRA
Conforme exigido pelos regulamentos, o plano principal da asa passa para as placas finais, o que reduz a formação de vórtices. A Aston Martin foi a primeira equipe a mostrar uma asa com DRS.
O plano inferior na parte central é um pouco mais curto do que nas bordas - será interessante ver o quanto a velocidade aumentará com o DRS aberto.
DIFUSOR
É sempre difícil ver o difusor em detalhes, mas parece que o AMR22 possui pequenos elementos na área de sua parte traseira, lembrando as chamadas “abas de maca”. Servem para melhorar a qualidade do fluxo que passa pelo difusor.
CONCLUSÕES
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