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Vírus mortal mata elefantes

Baku, 3 de fevereiro de

Os cientistas começaram a testar uma vacina que protegerá os elefantes da extinção.

No zoológico de Chester, na Inglaterra, funcionários e cientistas da Universidade de Surrey começaram a testar uma vacina contra um vírus chamado Herpesvírus Endoteliotrófico de Elefante (EEHV). A taxa de mortalidade pelo vírus é de cerca de 85%. Afeta principalmente filhotes de elefantes, de acordo com relatos da mídia estrangeira.

Um vírus mortal para elefantes foi descoberto em 1990. Foi descrito oficialmente em 1999 por cientistas do Zoológico Smithsonian em Washington, EUA. Como se viu, esse vírus afeta principalmente elefantes em zoológicos ao redor do mundo. Isso se aplica a jovens elefantes asiáticos e africanos. Partículas virais são encontradas nas células do coração, fígado e língua dos animais.

No zoológico de Chester, 7 elefantes jovens, com idades entre 18 meses e 3 anos, já morreram da doença.

"No momento em que vemos os sintomas - letargia, úlceras na boca - geralmente é tarde demais", diz Cathy Morrison, do zoológico de Chester.

Os cientistas acreditam que o vírus causou a morte de metade dos elefantes asiáticos em zoológicos na Europa e na América do Norte. Mas agora também foi encontrado em reservas naturais e parques nacionais em seu habitat natural. O que é ainda pior, em 9 países o vírus foi encontrado em rebanhos de animais selvagens.

Como regra, o vírus afeta os elefantes mais jovens. Nos últimos dez anos, apenas um bebê elefante, Indali, sobreviveu aos 5 anos de idade no zoológico de Chester. Todos os outros morreram de EEHV.

Uma equipe de cientistas liderada por Falco Steinbach, da Universidade de Surrey, desenvolveu uma vacina que pode salvar elefantes. E agora seus testes começaram no zoológico de Chester.

“É quase impossível prevenir a infecção, mas queremos prevenir a progressão da doença e a morte”, diz Steinbach.

Os cientistas acreditam que o vírus é transmitido por elefantes mais velhos para seus filhotes. Talvez isso aconteça quando o bebê elefante deixa de se alimentar do leite materno e o sistema imunológico fica enfraquecido.

“Queremos administrar a vacina antes mesmo da infecção, para que o sistema imunológico reconheça o vírus e esteja pronto para combatê-lo”, diz Steinbach.

Os elefantes do zoológico de Chester estão acostumados a serem constantemente avaliados quanto à sua saúde e respondem normalmente às amostras de sangue coletadas para testes. O processo de teste de uma vacina pode levar vários anos, dizem os cientistas. Se a vacina for eficaz, poderá ser usada em reservas naturais e até mesmo na natureza.

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