A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, conversou na quinta-feira com altos funcionários israelenses para discutir as negociações de Viena sobre a restauração do acordo nuclear iraniano de 2015.
Depois de se reunir em Tel Aviv com seu colega israelense Yair Lapid, Baerbock disse que as negociações nucleares chegaram a um “ponto muito crítico”.
“Queremos fazer tudo o que pudermos para garantir que, com este acordo, a segurança de Israel seja garantida”, disse ela.
As principais potências mundiais, incluindo Alemanha, França, Grã-Bretanha, Rússia e China, e Irã têm mantido negociações na capital austríaca de Viena para reviver o acordo nuclear de 2015, formalmente conhecido como Plano de Ação Abrangente Conjunto.
Os Estados Unidos estiveram indiretamente envolvidos nas negociações. A ex-administração dos EUA sob o presidente Donald Trump rescindiu o acordo em 2018, e o Irã respondeu descartando alguns de seus compromissos de restringir seu programa nuclear.
Baerbock disse estar “convencida” de que o acordo tornaria o Oriente Médio “mais seguro, incluindo Israel”.
Mais tarde, o principal diplomata alemão se reuniu com o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett para discutir longamente "os desafios regionais e de segurança, especialmente a questão nuclear iraniana", disse o gabinete de Bennett em comunicado.
Bennett reiterou a posição de Israel contra a assinatura de um acordo nuclear com o Irã, que ele disse ser "um erro que colocaria em risco toda a região", disse o comunicado.
O líder israelense também enfatizou que “deve-se estabelecer uma data-alvo para a conclusão das negociações, pois sua prorrogação, mesmo que o enriquecimento de urânio continue, serve apenas aos interesses iranianos”.
Baerbock chegou a Israel na noite de quarta-feira para sua primeira visita a Israel como principal diplomata da Alemanha.
Israel, o arquirrival do Irã, tem sido um oponente vocal do acordo iraniano, alegando que a república islâmica está secretamente procurando construir armas nucleares. Mas o Irã mantém que seu programa nuclear é pacífico. ■
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