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Kuleba sobre as exigências da Rússia à OTAN: este é um revólver carregado na mesa

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, comparou as exigências da Rússia por garantias de segurança com um revólver carregado colocado sobre a mesa. Moscou exigiu, em particular, que a OTAN renunciasse à expansão e à cooperação militar com os países pós-soviéticos.

O Sr. Kuleba discutiu este tema durante seu discurso no Instituto Francês de Relações Internacionais. Segundo ele, as autoridades ucranianas "não precisam de um agravamento", mas as ações de Moscou devolveram Kiev "às trevas do confronto". O ministro afirma que “como resultado das ações irresponsáveis ​​da Rússia, a Europa se viu na situação de maior tensão em muitas décadas”

“Lamento que pela segunda vez em menos de cem anos a sombra de um Estado autoritário agressivo paira sobre a Europa, que busca uma maneira de se vingar e remodelar a arquitetura de segurança no continente e torná-la ameaças e armas. No final, lamento que as próprias palavras guerra fria, vingança, arquitetura de segurança tenham voltado ao uso diário”, disse o chefe do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.

Como Dmytro Kuleba esclareceu, a Rússia puxou "um número sem precedentes de tropas" para as fronteiras da Ucrânia "sem motivo real". “Os ultimatos que soam do Kremlin já na forma de documentos simplesmente não implicam soluções aceitáveis. A exigência de levar ou não qualquer país para a OTAN, de retirar tropas do território da aliança é inaceitável. Não são propostas para discussão, é um revólver carregado colocado em cima da mesa”, está convencido o ministro.

Na sua opinião, para reforçar a segurança na Europa, devem ser dados vários passos:

fortalecer os blocos e organizações existentes, como a União Europeia e a OTAN, bem como alianças “menores” (entre elas, citou as alianças da Ucrânia com a Lituânia e a Polônia, com a Geórgia e a Moldávia);

desenvolver uma “arma de choque de sanções” que possa ser aplicada “contra aqueles que invadem os fundamentos da ordem de segurança” (incluindo o discurso sobre sanções anti-russas);

estar pronto “para novas grandes ambições” – em particular, para a adesão da Ucrânia à UE e à OTAN.

“A Ucrânia é exatamente o potencial da Europa, capaz de levá-la a um novo patamar de influência no cenário global. Para fazer isso, você precisa descartar medos, fadiga imaginária de expansão e indecisão, olhar com seus próprios olhos para o futuro. Você precisa olhar para a Ucrânia pelo prisma de suas relações com a Ucrânia, e não pelo prisma das relações com a Rússia”, enfatizou Kuleba.

Em dezembro de 2021, a Rússia entregou aos Estados Unidos e à OTAN seus requisitos de garantias de segurança na Europa. Em janeiro, Washington e a aliança deram sua resposta, decidindo não abandonar a política de "portas abertas" da OTAN. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que as principais propostas do lado russo foram ignoradas. Esta semana, ele disse que Moscou já está preparando suas respostas à OTAN e aos EUA.

Para mais informações sobre a discussão de garantias de segurança, veja Splashes of Spanish.

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