A Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA está investigando como a Apple usa acordos de confidencialidade (NDAs). O motivo foi uma reclamação de um ex-funcionário da empresa.
No ano passado, a ex-funcionária da Apple Cher Scarlett apresentou uma queixa contra a empresa na SEC. Scarlett alegou que a Apple forneceu ao regulador informações incorretas sobre sua política de NDA. Scarlett revelou esta semana que a SEC entrou em contato com ela no final de janeiro para saber mais. Ainda não se sabe se uma investigação oficial foi aberta e que tipo de informação a comissão precisa.
Em sua denúncia, Scarlett disse que a Apple, sob o NDA, tentou impedi-la de falar sobre os problemas de discriminação na empresa. O porta-voz da Apple, Josh Rosenstock, disse que a SEC não entrou em contato com a empresa e que a Apple não tem conhecimento da investigação. Ele acrescentou que, como parte da política de NDA, os funcionários da Apple têm o direito de discutir seus salários, horas e condições de trabalho. A Apple também cumpre o Silenced No More Act da Califórnia, que proíbe as empresas de confiar em acordos de confidencialidade na tentativa de impedir que os funcionários se manifestem sobre discriminação ou assédio no local de trabalho. Rosenstock disse que, para a Apple, essa lei se aplica "em todos os Estados Unidos, independentemente de onde os funcionários trabalhem".
Acordos de não divulgação e outras disposições de sigilo vêm ganhando atenção ultimamente em meio a ondas de atividades de funcionários de empresas de tecnologia. A Apple, em particular, está enfrentando uma pressão crescente de acionistas e políticos para fornecer mais informações sobre a política de NDA da empresa.
No ano passado, os acionistas pediram à empresa que preparasse um relatório público sobre o uso do acordo de confidencialidade "no contexto de assédio, discriminação e outras atividades ilegais". A Apple respondeu que "já havia alcançado amplamente os principais objetivos desta proposta"; em dezembro, essa objeção foi rejeitada pela SEC. A próxima vez que a proposta dos acionistas será considerada em março.
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