A OneWeb não poderá dar, a pedido da Roscosmos, garantias de que os seus satélites não serão utilizados para fins militares na véspera do lançamento, tendo a Roscosmos o direito de os prender. Isto foi afirmado por Andrey Ionin, Membro Correspondente da Academia Russa de Cosmonáutica em homenagem a K.E. Tsiolkovsky, candidato a ciências técnicas.
“Minha previsão é que a OneWeb não poderá dar garantias, pois já possui contratos celebrados. Mesmo em uma situação normal, tais garantias são difíceis de dar. Portanto, não vejo chance, acho que não haverá lançamento”, disse Ionin.
Anteriormente, Roskosmos alertou a OneWeb que, se não fornecer uma garantia do não uso de seus satélites para fins militares antes de 21h30 de 4 de março, o foguete Soyuz-2.1b será removido do lançamento, os satélites serão desmontados.
O especialista expressou confiança de que os satélites do sistema OneWeb podem realmente funcionar para fins militares. “Todos os sistemas de comunicação, como os sistemas de vigilância, são de dupla finalidade. Para o mesmo Iridium, os consumidores âncora são as agências de inteligência dos EUA”, explicou.
Nesta situação, Ionin acredita que a Roskosmos tem o direito de prender os satélites fornecidos.
“São 36 aparelhos, eles deveriam pelo menos ser presos, não deveriam ser devolvidos. Agora temos 36 oportunidadesmontar esses satélites e estudar seu enchimento”, diz Ionin.
O veículo de lançamento Soyuz-2.1b com o estágio superior Fregat e os satélites de comunicação britânicos OneWeb foram instalados na plataforma de lançamento no Cosmódromo de Baikonur. O início deve ocorrer em 5 de março, às 01h41, horário de Moscou.
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