A promotoria disse na quarta-feira que não havia motivo para adiar o julgamento contra Netanyahu, pois uma auditoria mostrou que a polícia não recebeu nenhum material relacionado a esses casos por meio do programa Pegasus.
A promotoria apresentou ao tribunal um relatório sobre a verificação de suspeitas sobre o uso ilegal do programa NSO em relação aos réus nos casos Netanyahu.
O documento diz que a polícia (ou seja, ela mesma estava engajada na checagem da polícia) verificou cerca de 1.500 telefones pertencentes a 200 envolvidos nesses casos.
Resulta do documento que a polícia penetrou, sem a permissão das autoridades legais, o telefone do ex-diretor geral do Ministério das Comunicações, Shlomo Filber, que atua como testemunha de Estado no julgamento de Netanyahu.
A polícia pediu permissão ao tribunal para grampear o telefone de Filber, mas a petição não indicava que a investigação pretendia baixar informações do telefone.
A promotoria também afirma que a polícia escondeu esse fato: "Durante a apresentação da petição, os detalhes não foram informados à promotoria".
Com a ajuda deste programa, em um dia, a investigação conseguiu extrair todos os contatos e outras informações privadas do telefone.
Ao mesmo tempo, o Ministério Público ressalta que “uma auditoria dos resultados dessa interceptação mostrou que a investigação não recebeu nenhum material relacionado ao processo judicial dessa maneira. Eram principalmente conversas privadas, incluindo entrevistas por telefone com o correspondente do Canal 12, Amit Sehgal.
Em relação aos Aloviches, a polícia obteve permissão do tribunal para ouvir, mas, como dizem, "a tentativa falhou e não deu frutos".
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